Aprenda a desenhar rostos – Introdução

Aprenda a desenhar rostos

Introdução

Os historiadores confirmam que o primeiro retrato foi feito há muito tempo na Grécia Antiga. Era o contorno da sombra de um rosto de perfil, esculpido numa árvore.

Desde então, o interesse dos artistas em representar graficamente o rosto de alguém num pedaço de papel ou tecido tem sido objeto de estudo constante.

Porém, o processo de desenho de um rosto exige primeiro a confecção de uma escala de progressão que deve começar pelas medidas de um olho, obtidas em proporção à cabeça.

Entretanto, uma boa forma de estudar a cabeça é por meio do autorretrato. Mais tarde, será a hora de estudar o retrato de outra pessoa.

De qualquer forma, desenhar um rosto em toda a sua magnitude é realmente um desafio para iniciantes, desafio que pode ser facilmente superado seguindo a metodologia de ensino explicada neste curso específico.

Vamos começar

Uma das perguntas mais comuns nesse processo de aprendizagem é: “Será que algum dia conseguirei desenhar o rosto de alguém?
A resposta é sim, mas com cautela: tendo talento ou não, você só alcançará seu objetivo se focar no estudo dessa arte.
Todo bom retratista deve possuir três características: amar desenhar, sentir-se confortável e ter disposição. Se você se enquadra nesse perfil não perca tempo. Pegue papel e caneta, continue lendo esse post e comece seu curso agora mesmo.

Materiais de desenho

Tipos de papel

Existem diferentes tipos de papel que podem ser utilizados para a prática do desenho. Eles são classificados em lisos, assentados, coloridos, ásperos, texturizados e papelão.

Existem também diferentes opções disponíveis de acordo com o tamanho, embora as mais utilizadas sejam: A3 (296 mm x 420 mm) e A4 (210 mm x 296 mm).

Lisos

Os mais utilizados são os papéis sulfite e o papel para layout, com gramatura entre 30g/m² e 240g/m². Ambos são utilizados principalmente para fazer os primeiros rascunhos e esboços.

Assentado

Esse tipo inclui marcas como Canson, Debret e Ingres. Canson tem gramatura entre 60g/m² e 280g/m² e é utilizado como suporte para trabalhos com grafite, lápis de cor, lápis aquarela, lápis integral, lápis dermatográfico, pastel seco e óleo, guaches, carvão, nanquim, aquarela, ecoline , tintas acrílicas e oleosas. Debret e Ingres incluem lápis de grafite e de cor, sendo excelentes para retratos.

Áspero

Os papéis dos tipos fabriano e acqua são ásperos. O primeiro é adequado para trabalhos com pastel seco, carvão e giz, e o segundo é bom para tintas aquarela e guache

Cartão

São papéis rígidos, no formato A2 (420 mm x 600 mm), que são bons para lápis de cor e tintas do tipo guache, óleo e acrílico. Papel cartão, colorset e papéis do tipo paraná também são usados na fabricação de molduras (Passe- Partout).

Texturizado

Os papéis com relevo na superfície são conhecidos como papéis texturizados. Os tipos mais comuns são linho, casca de ovo e feijão.

Colorido

Você pode encontrar papéis para desenho de cores diferentes, tais como: branco, amarelo, azul, cinza, creme, laranja, marrom, preto, rosa, salmão e verde.

Borracha

Foi somente no século XX, com a descoberta da seringueira, que a borracha começou a ser produzida no Brasil. Hoje, existem vários tipos, como: branco comum, branco plástico e o tipo maleável. O tipo comum é usado principalmente para apagar desenhos, enquanto o tipo plástico é bom para apagar desenhos feitos com lápis da série H, e o tipo maleável, por sua vez, é bom para desenhos feitos com lápis da série B. Uma das vantagens da borracha maleável é a possibilidade de ser moldada conforme o desejo do usuário. Para manter a borracha limpa e evitar o apagamento indesejado do trabalho, é importante lavá-la com sabão ou esfregá-la ocasionalmente sobre papel branco.

Apontador de lápis

É aconselhável usar um estilete para afiar um lápis em vez de um apontador comum, pois eles não são recomendados para a prática de desenho. O principal motivo é que, com o estilete, o usuário pode moldar a ponta do lápis conforme necessário ou exigido em cada ocasião.

Tipos de lápis

Usados principalmente para obter linhas nítidas e claras, os estojos de lápis de diferentes densidades estão disponíveis e podem ser identificadas pela graduação do grafite (de HB a 6B) e pela numeração de densidade variável, como 0,3, 0,5, 0,7, 0,9, e 2.0. O lápis é classificado de acordo com seu grau de de dureza, e assim podemos encontrar os macios (séries 2B a 8B (séries B a 8B); os médios (séries B e HB) e os duros (séries F e H a 6H).

O grafite macio das séries 2B a 8B permitem escalas de tons que variam entre cinza claro e preto intenso, além de proporcionar texturas e volumes variados, dependendo da diferentes pressões aplicadas pela mão.

Os lápis das séries B e HB são preferidos para rascunhos devido ao seu efeito de borrão menor no papel. Os lápis das séries F e H a 6H são normalmente utilizados em desenhos técnicos.

Canetas

As canetas hidrográficas para tinta indiana são recomendadas para o acabamento de desenhos a tinta. As séries B e HB são usadas principalmente para destacar variações

Atualmente, há uma variedade de canetas descartáveis nankin com diferentes formas e tamanhos.

Canetas descartáveis (tipo tinta indiana) de diferentes números estão disponíveis.

Como segurar o lápis

Na verdade, não há uma regra para estabelecer que os lápis devem ser segurados de uma maneira específica. De fato, no entanto, o que temos são duas maneiras de segurar o lápis, ambas com o objetivo de melhorar a coordenação motora que, por sua vez, deve resultar em uma melhor condição de estabilidade para desenhar. O que temos, portanto, é mais um exercício de prática do que uma regra fria e e rígida. No final das contas, a melhor maneira de segurar o lápis é aquela que lhe proporciona conforto na hora de desenhar. Nessa mesma página, você pode ver as duas maneiras mencionadas que devem melhorar a coordenação motora de sua mão.

Exercícios

Exercícios de relaxamento

O primeiro exercício tem o objetivo de “liberar” a mão para que as linhas possam fluir. Basta escolher um lápis 2H, HB ou 6B. Seja ágil, mova o braço inteiro (não apenas a mão e os dedos) e não se prenda a detalhes.

Desenhe linhas paralelas na vertical, na horizontal, diagonais e curvas. As linhas podem ser longas ou curtas. O objetivo aqui não é ter um acabamento perfeito, mas desenvolver sua coordenação motora.

Basta praticar os exemplos abaixo:

Por hoje você pode ficar com esse exercício.

Curso completo

    Grande abraço e vamos desenhar juntos


    Esse post foi originalmente publicado na revista Drawing For Beginners Face

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    Carlos Damasceno

    Carlos Damasceno é desenhista profissional e professor de desenho. Especialista em ajudar pessoas a desenvolverem o seu talento para o desenho sem precisarem pagar por curso caros e demorados.

    Website: http://comoaprenderadesenhar.com.br/